A TENDA VERMELHA: Dançando o feminino Nómada
Espectaculo de Iris
Dia 3 de Julho, 21h30
Centro Cultural da Malaposta
Espectáculo de Dança Oriental, Danças de expressão Cigana e danças do Mundo
Este espectáculo é um convite a entrar na Tenda e seguir viagem.
A Tenda Vermelha é uma homenagem ao espírito nómada das sábias viajantes: das Tuaregs, Berberes, Beduinas e tribos nomadas dos desertos do Medio Oriente, dos povos ciganos que espalharam tradições musicais e de dança por toda a parte. Uma homenagem a todos aqueles que vivem sob um telhado ligeiro, que cantam, que contam, que dançam, que sonham e, no seu silêncio e invisibilidade, nos permitem beber deles tanta inspiração. É uma homenagem à seiva das árvores, ao sangue dos animais, ao fluxo das águas e dos ventos, à Liberdade impetuosa que nos invade! Às bailarinas curandeiras que os séculos esqueceram na passagem mas que iluminam o espírito ancestral dos nossos corpos. Às parteiras que deram, dão e darão as suas mãos num auxílio á maternidade. À sempre cambiante experiência de ser Mulher, de ter o ritmo da Lua e das marés no sangue. Unindo todos os tempos e culturas num rito feminino, cíclico e fértil como as estações, celebrando o nosso elo indelével com todas as coisas, uma dança com a vida, a morte, a regeneração e a constante e mistica recriação de cada instante!
Direcção artística, coreografia, guarda-roupa: Iris
Espectáculo com : Catarina Parrot, Cláudia Sequeira, Cristina Coelho e Vera Mateus
Cenografia: Teresa Freitas
Produção: AIGA Associação Internacional de Germinação Artistica
A Tenda Vermelha era o espaço onde as mulheres pré-árabes viviam os seus ciclos femininos. Esta tenda era exclusivamente feminina, sendo o local para o qual as mulheres se retiravam do mundo exterior nos momentos de menarca (quando a Lua lhes estava no sangue), aqui davam à luz os seus filhos, aqui passavam pela menopausa. Na tenda Vermelha eram preparados os remédios para a tribo, aqui cuidavam umas das outras, partilhando cuidados essenciais e de beleza, histórias e experiências. Aqui discutiam acerca da educação dos filhos, vivendo em conjunto rituais, alegrias, mágoas e preces. Aqui cresciam, transformando-se, envelhecendo, experimentando o sagrado feminino. Eventualmente, a tenda vermelha deu lugar ao Hamam, onde as mulheres do Médio Oriente, de todas as idades e condições sociais, ainda partilham as suas vidas e intimidade. A Tenda Vermelha remete, assim, para a vivência tribal do feminino, e também para o nomadismo, as tribos viajantes do Sahara, os povos ciganos em constante migração, transformando a tenda em caravana. Evocando de igual modo as tradições de origem nómada, tornadas sedentárias, e estabelecendo pontes entre tradições: o Fado Lusitano e os cantos tradicionais do Magreb, por exemplo.
Viajando e recriando o feminino nómada, inspirando-nos nas culturas do Médio Oriente, em toda a sua diversidade (Norte de África, Marrocos, Egipto, Turquia), e das expressões que os povos ciganos trouxeram até à Europa (Balcãs, Espanha, Europa de Leste). Do folclore secular, às danças tribais berberes, dos camponeses do Egipto, ao giro Sufi da Turquia, das místicas danças de Espada, aos véus, e dos véus aos xailes ciganos, às flores exultantes dos Balcãs, e ao Flamenco – Árabe, da Dança clássica Oriental, a fusões criativas de expressão contemporânea.
Bilhetes:
Tenda Vermelha: 10€
Informações/ reservas:
Teatro da Malaposta, bilheteira
21 938 31 00
info@malaposta.pt aiga.lusa@gmail.com
www.malaposta.pt
Onde?
- Centro Cultural da Malaposta Rua Angola 2620-492 Olival Basto
- Metro Sr Roubado, Linha Amarela
Produção: AiGA
Apoios:
- Casa Semente www.casa-semente.blogspot.com
- Dancing Zion
- Agape www.grandeaventura.pt
Foto: Rita Magalhães
1 Comments:
gostaria de saber de quem é o texto e roteriro da Tenda vermelha, fiquei interessada pois trabalho com dança no Brazil ha MAIS DE DEZ ANOS E ESTOU JUSTAMENTE TRABALHANDO ESTE TEMA EM NOVO ESPETÁCULO, gostaria de mais informações sobre o texto roteiro.
obrigada pela atenção
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